Na platéia ele avista uma mulher que muito se assemelhava a um anjo. O anjo de sua vida, com cabelos dourados e olhos azuis como o oceano, acompanhado de uma sensação de leveza ao olhá-la. Encontrava-se perdido em um sentimento incondicional e que jamais havia sentido antes. Havia se apaixonado instantaneamente.
Ao final de seu intervalo, Novamente os holofotes aumentam, impedindo-o de continuar apreciando sua amada. Ele torna a tocar. Toca de coração, com uma emoção e inspiração. Parecia que seria sua última vez naquele palco, o melhor show já antes feito por ele.
O público do bar aplaude-o de pé, porém seu rosto estava descontente. Sua amada não estava mais lá. Inquieto, ele deixa o palco rapidamente e procura-a por toda parte. Nada. Desapontado.
O dia mais feliz de sua vida tinha se tornado um pesadelo. Aquela mulher a partir daquele momento não sairia nunca mais de sua cabeça. Onde ela estaria? Como achá-la? Não sabia nem por onde começar. Não sabia seu nome, seu endereço, sua idade, sabia apenas que era o amor de sua vida.
A partir daí passou a isolar-se. Sua vida parecia não ter mais sentido. Nada mais parecia ter graça. Sua vida resumia-se a escrever músicas de amor e sonhar acordado com sua amada.
Já havia perdido as esperanças de encontrá-la e por diversas vezes pensou e tentou suicidar-se. Parecia que estava sentenciado a viver na agonia de estar longe de sua alma gêmea, e assim passaria a eternidade.
A sua única lembrança era do sorriso,então aprendeu a conviver com isso.
Por muitas vezes fez orações e promessas para que Deus cruzasse seu caminho ao dela. Uma dessas promessas seria que ele daria sua vida para ouvir sua voz por uma vez que fosse.
A fé move montanhas! Naquele domingo tão comum ele tocara como se sentisse o que estaria por vir. Ao apagar as luzes e ouvir os aplausos, seus ouvidos ficaram surdos e seu olhar se estreitou uma só imagem.Era ela! A sua tão amada estava lá, e aplaudindo-o! Seus olhos brilhavam como jamais haviam brilhado.Ao término dos aplausos ele se apressou e foi em direção a ela.
Era a hora. Finalmente saberia seu nome que por tanto tempo quis saber.
Meio desajeitado e sem graça ele se aproxima dela e meio que gaguejando pergunta-a seu nome. Ela, com um simpático sorriso e uma voz doce como uma melodia, responde:
- Giuliana.
Meio desajeitado e sem graça ele se aproxima dela e meio que gaguejando pergunta-a seu nome. Ela, com um simpático sorriso e uma voz doce como uma melodia, responde:
- Giuliana.
Com um sorriso singelo, ele se retira aliviado, e caminha em direção a saída, sem pronunciar mais nenhuma palavra.
No dia seguinte as pessoas da cidade estavam comentando sobre a morte do músico do bar.
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